O Ministério da Saúde informa: a automedicação pode trazer consequências graves a saúde. Para alertar sobre esse risco a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a empresa RH Multi, cogestora da Unidade Prisional do Puraquequera (UPP), realizaram palestra para orientar e conscientizar os reeeducandos sobre o tema, nesta segunda-feira (24), na unidade.
A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.
Com o tema: “Automedicação x Riscos”, 110 reeducandos da UPP, das galerias 3 e 4 assistiram a palestra e tiraram dúvidas sobre o assunto após os esclarecimentos prestados pelo palestrante, o enfermeiro Geraldo Ribeiro.
Ele alertou para o uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer várias consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
“Um perigo de intoxicação e resistência aos remédios”, informou Ribeiro reafirmando que todo medicamento possui riscos que são os efeitos colaterais.
A farmacêutica da unidade, Renata Chagas, ressaltou que um outro risco é a relação ao uso do remédio à combinação inadequada. “Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro”, orientou.
Ela alertou ainda que o uso abusivo de antibióticos, sem qualquer critério pode facilitar o aparecimento de cepas de microrganismos resistentes, com óbvias repercussões clínicas e prognósticas.
O evento foi encerrado com uma dinâmica com um jogo da memória entre os internos com o objetivo de verificar a absorção das informações repassadas.
Segundo a enfermeira da UPP, Graciane Fábio, entre os medicamentos mais procurados pelos reeducados, estão os analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, descongestionantes, antibióticos, anti-helmínticos e antimicóticos.
“Achei muito interessante a palestra, bem diferente, aprendi o quanto é perigoso tomar medicamentos sem a orientação de um profissional qualificado, que pode até mesmo levar a morte”, disse o reeducando Raimundo Gomes.