O Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), localizado no complexo penitenciário, no km 8 da BR-174 (Manaus – Boa Vista), alcançou 100% dos seus 710 internos integrados nos programas de ressocialização promovidos pela Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap) em parceria com a empresa RH Multi, que faz a cogestão da unidade.
A marca histórica no sistema prisional amazonense foi celebrada em uma cerimônia, na manhã desta quinta-feira (6), com uma placa comemorativa na entrada da unidade.
A solenidade teve a participação do secretário da Seap, coronel Paulo César de Oliveira, do diretor do IPAT, tenente Tales Renan e autoridades do Judiciário amazonense e representantes da RH Multi.
Todos os 710 reeducandos do IPAT já participaram dos programas de ressocialização, “Conhecimento que Liberta”, Trabalhando a Liberdade” e “Terapêutico Carcerário” e de 20 cursos profissionalizantes.
Desse total, 130 foram capacitados profissionalmente e podem exercer atividades no mercado de trabalho assim que cumprirem suas penas. Atualmente, 55 deles são remunerados e recebem salários como prestadores de serviço.
“O Amazonas é o único estado que opera desta forma, com pagamento feito pela Secretaria de Fazenda como prestadores de serviços. Todos têm condições de participar, basta querer”, disse o secretário.
Ainda segundo Paulo César de Oliveira, toda reforma e adaptações feitas no IPAT foram feitas com o apoio da RH Multi.
“A RH Multi acreditou, o governador acreditou. Ele pediu que fizéssemos acontecer, que fizéssemos o máximo possível dentro da legislação para uma ressocialização eficaz. E isso só foi possível com a participação de todos”, afirmou o secretário.
Para o diretor do IPAT, tenente Tales Renan, a visão e o conceito de segurança, que antes existia, de que o preso precisava ficar trancado na cela mudou e, hoje, na nova administração da Seap, a meta é manter o apenado trabalhando, estudando e sonhando em mudar de vida.
Já a promotora do Ministério Público, Cristiane Corrêa, disse que chegou a afirmar no passado que o IPAT era a pior unidade do sistema penitenciário, mas que hoje essa visão mudou. “Hoje vejo a unidade ressocializando pelo trabalho de pessoas que atuam nos bastidores resgatando a dignidade e o respeito dentro do respeito ao ser humano”.